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Foto do escritorGeomorfus Jr

A utilização dos minerais na antiguidade e aplicações atuais.

A ação da humanidade na geologia é maior desde o grande evento de oxigenação, há 2,2 bilhões de anos. De acordo com os cientistas do Instituto Carnegie, em Washington, as alterações geológicas provocadas pela Humanidade na diversidade e distribuição de minerais foi a mais profunda desde o aumento dos níveis de oxigênio na atmosfera terrestre. Já foram formados 208 novos minerais dos 5.200 existentes no planeta só pela ação humana, a maioria depois da metade do século XVII.


Se levarmos em consideração a Idade da Pedra, Idade do Bronze, Idade do Ferro, entre outras, veremos que a evolução do ser humano se deu baseado nas idades da mineração e ao lado das atividades de agricultura. Hoje estamos no que se denomina a Idade do Silício, que se inicia a partir da segunda revolução industrial junto com a expansão tecnológica.


Na Idade da Pedra não existia o ato de minerar em si, e sim o que podemos citar como “catação”, lascas de rochas que atendiam os requisitos para se tornarem excelentes pontas de flechas eram selecionadas sobre o solo e moldadas, provavelmente, através do atrito com outra rocha de dureza superior. A partir daqui vieram as Idades da Pedra, do Bronze, e a do Ferro. Alguns pesquisadores acreditam que a produção de ferro se iniciou a cerca de 40 A.C recolhendo nódulos de ferro encontrados em banhados de cursos d’água.


Desde os primórdios, a história do homem está interligada aos materiais. Essa ligação é uma soma de todos os materiais que inventamos ou descobrimos, manipulamos, usamos e abusamos; incluindo desde histórias de opulência e mistérios envolvendo materiais preciosos. As primeiras tentativas de estabelecimento dos períodos compreendidos por essas eras, levando-se em consideração achados e análises superficiais, levaram ao estabelecimento da sequência mostrada na imagem a seguir.



No Egito o uso do ouro era o preferido por alguns motivos primeiro por ser raro tornando-a mais desejada; era maleável, fácil de trabalhar e não manchava o que distinguia dos outros metais usados. Os egípcios utilizavam pedras e cristais para os mais variados fins, destacando-se a azurita, malaquita e lápis-lazúli. Faraós forravam suas coroas com malaquita para governar com sabedoria e se adornavam com joias demostrando seu poder. As ‘pedras preciosas’ tinham utilização no sistema de medicina antiga, para a cura dos mais diversos males, a obsidiana era usada como bisturi onde os médicos egípcios executavam cirurgias crânio-cerebrais. Algumas possuíam interesse nos ritos religiosos para proteção. Em algumas tumbas não profanadas – como a do faraó Tutancâmon – foram encontradas fabulosas pedras preciosas de valores impossíveis de serem estipulados.


Na Mesopotâmia as joias eram usadas livremente por homens e mulheres, o uso do ouro era comum em fitas para o cabelo, tornozeleiras, pingentes, selos cilíndricos e amuletos.
























Na Roma Antiga, mulheres usavam uma grande variedade de joias e homens frequentemente usavam anéis feitos de ouro e esculpidos com pedras semipreciosas que seriam usados em conjunto com cera quente para selar documentos importantes. Soldados utilizavam camafeus de ágata em sua proteção.



















Na Grécia o ouro em forma de conchas, flores e insetos eram muito comuns. No Norte colares e brincos foram encontrados em sítios arqueológicos em 300 A.C. Os gregos usavam pedras como esmeraldas, granadas, ametistas e pérolas. Escritos antigos gregos, romanos e indianos citam como a ampla utilização das gemas na medicina Ayurvédica utilizando as pedras para a saúde, proteção e desenvolvimentos de certas virtudes.
























Na cultura Maia um aspecto importante para distinguir as classes sociais eram as joias, que definiam poder e riqueza. O objetivo principal da joia era chamar atenção para os mais ricos e poderosos, apesar do ouro ser o mais usado não deixavam de confeccionar peças em prata, além do uso de punhais cravejados em sacrifícios para apaziguar os deuses.





Os Chineses usavam Jade simbolizando qualidades humanas. Pontas de agulhas de acupuntura eram feitas dessa gema.




























Os sumérios, possuíam uma medicina extremamente avançada, incluindo cirurgias delicadas, com medicamentos baseados em plantas e minerais.




Além de adornos pelo qual são mais conhecidos, os minerais continuam sendo utilizados na nossa sociedade atual, confira algumas aplicações abaixo:

Gipsita e anidrita, são utilizados na fabricação de materiais de construção muito comuns, como cerâmica, gesso, vidro, esmalte, tinta, além de ter uso na metalurgia e fertilizantes e corretivos para o solo.






Quartzo é um mineral de grande abundancia e variedades, tais como ametista, ágata, quartzo rosa, quartzo esfumaçado, etc. É usado para enfeites, equipamentos de rádio, fibras óticas, entre outros.









Arsenopirita é o mineral mais usado como fonte de arsênio, um elemento químico usado em distintas funções, como pigmentos, esmaltes e também como chumbo para munições.



Enxofre possui principal uso na fabricação de ácido sulfúrico, pois este ácido é de grande interesse para produção de pólvora.







Fluorita é empregada na produção de ácido fluorídrico empregado na metalurgia, foguete, combustível, também usado na separação de isótopos de urânio e na produção de fluoreto de carbono.









Grafita é comumente usada nos lápis escolares, na fabricação cadinhos, baterias, na indústria do ferro e do aço, em tintas, galvanoplastia e munição.




Dentre o grupo das Micas, as mais utilizadas são a muscovita, a flogopita, a lepidolita, a biotita e a zinnwaldita, possuem aplicações distintas na produção de isoladores elétricos, enchimento de papéis, borrachas, plásticos, tintas, papéis de parede. São usadas como fonte de lítio e como lubrificante.








Talco e pirofilita possuem utilização em material refratário, isolado e aplicação em cosméticos.

O grupo dos feldspatos são usados como pedras decorativas e também aplicados à construção civil.





Halita é um mineral de origem sedimentar usado como tempero (sal), e é usado na produção de soda, cloro, conservantes e compostos de sódio.



Silvita e carnallita são minerais usados como fertilizantes, em vidros, cerâmicas, sabões, explosivos, fósforos.

Dentre essas utilizações os minerais são imprescindíveis desde o uso das rochas em estado bruto a pedras ornamentais, além de outras aplicações como o uso em abrasivos e fornecimento de metais de suma importância para a sociedade atual.


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