A erosão costeira é uma ocorrência natural, porém as intervenções humanas têm modificado a posição da linha de costa, em decorrência da falta de sedimentos provocados pelo esgotamento da fonte, e assim aumentando os processos erosivos.
A ocupação populacional com construções de barragens ou obras, afeta o processo de transferência dos sedimentos do mar, provocando retenção do fluxo dos mesmos ao longo da costa.
No Brasil, diversos municípios ocupam a Zona Costeira, o espaço geográfico de interação do ar, mar e terra, incluindo seus recursos renováveis e não renováveis, fazendo que esses sofram influências diretas dos fenômenos ocorrentes.
Compreende-se 17 estados da federação e abrigando 13, das 27, capitais brasileiras ao longo da Zona Costeira brasileira. Tamanha e inconsequente ocupação dentro da faixa de resposta dinâmica da praia, resulta em diversos relatos sobre a erosão causada por esse desequilíbrio.
A orla da praia de Ponta Negra em Santa Catarina, por exemplo, já esteve em um estado crítico de erosão e que hoje passa por uma reestruturação, depois que 150 metros do passeio público desabou, e precisou de um olhar atencioso para esse problema local.
Em São João da Barra, RJ, o problema da erosão é antigo, desde a década de 60, resultando na água do mar já tomando cerca de 14 quarteirões de um dos seus distritos. Atualmente esse problema ainda permanece e passa por frequentes discussões e pesquisas.
A associação entre erosão e urbanização é de suma relevância, mas deixando claro que a urbanização em si não provoca erosão, entretanto, a construção de edificações dentro da faixa de resposta dinâmica da praia às tempestades tende à retomada pelo mar da área construída.
A necessidade então de implementar normas que prevejam a manutenção de uma faixa de não edificação junto à orla, e também, como precaução, uma largura de consideração do nível do mar e a tendência de retrogradação quando identificada previamente, é o que o Ministério do Meio Ambiente propõe junto com programas de conservação da Zona costeira.
É válido apontar que a prática dos exercícios de preservação e a cobrança dos mesmos, deve ser feita também pela população. Para isso, saiba mais sobre o programa de conservação da linha de costa no link: https://bit.ly/2JnZOr6 .
Fontes:
- http://www.mma.gov.br/publicacoes/gestao-territorial/category/197-gest%C3%A3o-costeiraprocosta.html?download=1443:programa-nacional-para-conserva%C3%A7%C3%A3o-da-linha-de-costa
-http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_sigercom/_publicacao/78_publicacao12122008084856.pdf
- http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/orla-de-ponta-negra-recebe-estrutura-de-concreto/425225
- https://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2019/04/02/audiencia-publica-vai-discutir-avanco-do-mar-em-atafona-e-acu-em-sao-joao-da-barra-no-rj.ghtml
- http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2012/11/pericia-aponta-solucao-emergencial-para-praia-de-ponta-negra-em-natal.html
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